Há várias outras situações que me irritam muito mais. Até dei um nome aos elementos dessa espécie: os anti-sociais. Um punhado de exemplos:

- o leitor da Bola, que vai com os braços esticados e usa a minha cabeça como apoio de leitura;
- o chupador de dentes, que vai a viagem toda a tentar sugar um pedacinho do bitoque que lhe ficou alojado entre os molares;
- o empurrador 1, que mal a porta se abre começa a dar-me toques nas costas, com medo certamente de que eu me esqueça de sair;
- o empurrador 2, espécie com habitat no Metropolitano (e em particular na estação do Chiado, linha Verde, sentido Telheiras), que tenta entrar mal a porta se abre, dificultando a minha saída.

Devo dizer que, por vezes, esta quarta espécie até cumpre um papel social. O poder empurrar toda aquela gentinha, como se de uma formação espontânea de râguebi se tratasse, é um excelente libertador de stress acumulado.

Hiiiiiiii por ler este comentário lembrei-me de duas situações...oh meu deuzinho ...

1º - ia eu muito bem no 758, e senta-se uma homenzinho asqueroso ao pé de mim. Saca do jornal e vá de ler, mas em vez de usar a minha cabeça como apoio usava a minha perna. Lá lhe disse umas três vezes e com estas exactas palavras: "Ouça, eu compreendo que queira ler o jornal, mas..." e ele desviava-se, mas voltava a por lá a pata, e eu que sou uma pessoa pouco dada a contacto físico , lá me levantei super incomodada e fui para o pé da porta!

2º - 758 ás 8 da manhã apinhadíssimo , na paragem antes das amoreiras eu ia esmagada contra a porta de saída , quando me vem de lá uma velha a empurrar tudo quanto era pessoa e me começa a empurrar a mim só me lembro que lhe virei uma resposta muito mal educada, e eu nunca sou mal educada com ninguém . Portanto devia tar mesmo passada...