Olha a Maria João ainda não chegou, mas a gente vai subindo e esperamos lá em cima que ela chegue. Já lhe estive a ligar e ela já deve vir aí. O meu computador pifou…”
Foram estas as primeiras frases que ouvi quando cheguei na terça-feira à Markup. Eu já sabia que a Simone estava a estagiar na Markup, havia-o sabido por entre portas e travessas, e realmente era verdade.
Subimos no elevador, confeso que não o fiz sem sentir algum desconforto. Afinal tinha havido alguns desentendimentos entre algumas de nós.
Entrámos no apartamente vazio. Ao ver a minha cara de espanto apressou-se a explicar-me tudo sobre a empresa.
A cada palavra ficava mais e mais boqueaberta, mas á Simone não lhe impressionava o meu espanto. Afinal já tinha passado por tudo aquilo. E sozinha.
Eu no fim sempre tinha a vantagem de ter ali alguém a trabalhar na mesma sala que eu, alguém que já conhecia.
A minha integração na empresa, e muito daquilo que aprendi devo-o á Simone. Foi ela quem eu chamei quando precisava de alguma coisa, foi ela quem me explicou como funcionava isto e aquilo, foi ela quem me ouviu queixar horas a fio por não saber alguma coisa, ou até porque a Dra. Maria João não tinha gostado de algo que havia feito.
Foi com ela que almocei durante os dois meses que lá estive, foi com ela que ri, e também foi com ela que chorei quando vim embora.
Foi com ela que bebi o café, e que tomei o pequeno almoço, foi com ela que esperei pelo autocarro e ainda foi com ela que fiz algumas destas viagens no 701.
A ela aqui fica o meu muito obrigado.
Porque simplesmente não há mais nada a dizer sobre a Simone, ou porque há mas fica só para nós as duas.