Aqui fica uma história que podia ser a minha, ou a de qualquer outra pessoa. "Tu sabias que não era sexo por sexo, até o posso ter dito um par de vezes, mas não passava de um escudo. Uma arma para me proteger de ti e de mim própria, para que no fim sai-se com a cabeça erguida. Pelo menos aos olhos dos outros. Porque por dentro ficava sempre destruída. Sei que nunca te disse mas amava-te. Amava-te tanto como te amo agora. Nada mudou, é em ti que penso quando adormeço é em ti que penso de manhã quando acordo. Foste tu quem destruiu todos os meus sonhos e expectativas, foste tu quem destruiu as minhas ilusões. Mas mesmo assim continuo a amar o teu serzinho que de tão cruel chega a ser odioso. Mas eu não te odeio, não. Como poderia? Deixas-te a minha vida desmoronada pela enésima vez, e nem mesmo longe consigo parar de pensar em ti. Hoje estava sentada no café e fui assaltada por uma memória, uma memória que ainda não compreendo, de tão estranha e surreal que foi aquela noite. Para que me serviram todas as verdades se no fim não foi comigo que ficaste? Levanto e vou embora, já não consigo estar ali. Caminho por entre ruas e mais ruas, sempre com medo. És a última pessoa que preciso encontrar. Não não, não te quero ver. Dizem-me que devo lutar por ficar contigo. Mas para quê, porquê? Não compreendem que não vale a pena mexer uma palha sequer? Nunca foi comigo que quiseste estar, e por mais que custe, por mais que doa é verdade. É a mais pura das verdades. Vejo-te ao longe, de costas de mão dada com uma menina, mais valia que me espetassem um espeto no coração, doía menos, tenho a certeza. Fujo para outro lugar, um lugar bem longe daqui, onde não te possa ver nem encontrar, onde posso caminhar sossegada nas ruas, sem medo. Está-se tão bem aqui, que silêncio que paz, que calma...." Para todos os que têm histórias complicadas...
Tem mesmo cara de ter sido postado por Nana às 00:24